Ato faz parte da programação do evento que reúne diferentes etnias e discute direitos e políticas para os povos originários. Três faixas do Eixo Monumental ficam interditadas a partir das 9h.
Uberanan Pataxó veio da terra indígena Coroa Vermelha, no sul da Bahia, para manter uma tradição familiar iniciada pelo avô e participar do Acampamento Terra Livre, junto de sobrinhos e filhos.
"Estamos representando a nossa etnia, os povos indígenas, falando para o Brasil e para o mundo que nós existimos. Queremos a demarcação do nosso território, a justiça entre nossos povos que estão sendo assassinados dentro das nossas aldeias", diz Uberanan.
Três faixas do Eixo Monumental ficam interditadas, a partir das 9h, para a marcha. Motoristas enfrentavam congestionamento, por volta das 10h, desde o Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
A avenida paralela à avenida das Bandeiras, na Esplanada dos Ministérios, vai ser totalmente interditada.
"Nossa programação está muito pautada na demarcação [das terras indígenas], mas também na cobrança de políticas públicas. Nós provocamos o Estado brasileiro a fazer entregas", segundo Dinamam Tuxá, coordenador da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas.
As atividades do Acampamento Terra Livre 2025 vão até sexta-feira (11). Dentre os temas debatidos neste ano, estão:
conflitos em territórios indígenas;
a criação da Comissão Nacional da Verdade Indígena;
a Câmara de Conciliação do Supremo Tribunal Federal (STF);
a transição energética justa;
a resistência LGBTQIA+.