Maduro Assume Novo Mandato em Meio a Tensão Política e Críticas Internacionais


 O ditador Nicolás Maduro, no poder desde 2013, iniciou um novo mandato de seis anos à frente da Venezuela. Apesar das sanções impostas por líderes mundiais na tentativa de impedir a posse, a cerimônia foi realizada sem interrupções em Caracas, capital do país.

Na véspera do evento, opositores organizaram manifestações contra o governo. Entre os episódios de repressão, a ex-deputada Maria Corina Machado chegou a ser presa pelo regime extremista. Edmundo González, que disputou com Maduro nas eleições de 2024, encontra-se exilado na Espanha e afirma ter sido o verdadeiro vencedor do pleito. Ele apelou ao povo venezuelano por coragem para enfrentar o regime.

Mudanças na Constituição e Novo Ciclo Eleitoral

Em seu discurso anual na Assembleia Nacional, Maduro anunciou que o país realizará 10 eleições em 2025 para definir governadores, prefeitos, legisladores e conselheiros municipais. O chefe de Estado afirmou que planeja reformar a Constituição venezuelana com o objetivo de “ampliar a democracia”.

No entanto, especialistas questionam as intenções do presidente. Segundo um cientista político venezuelano residente no Brasil, Maduro consolidou uma forma de governo que ele descreve como uma “democracia particular”, moldada para atender exclusivamente aos interesses do regime. “É impossível dizer que há democracia na Venezuela”, afirmou o especialista.

Exercícios Militares na Fronteira com o Brasil

A crise na Venezuela também impacta as relações com o Brasil. Após o fechamento das fronteiras venezuelanas e a construção de pistas de pouso, pontes provisórias e acampamentos, as Forças Armadas Brasileiras iniciaram os preparativos para a "Operação Atlas". Prevista para novembro, a operação contará com o envio de blindados e cerca de 8 mil militares à fronteira, no estado de Roraima.

Essa movimentação é vista como uma medida preventiva, caso o regime de Maduro eleve as tensões com o Brasil. “O Brasil aguarda uma posição mais clara de Maduro nos próximos meses”, declarou uma fonte diplomática.

Crise Humanitária e Êxodo Venezuelano

A crise política e social na Venezuela já forçou quase oito milhões de pessoas a deixarem o país nos últimos dez anos. Em 2024, o Brasil recebeu cerca de 560 mil refugiados venezuelanos, que fogem das precárias condições de vida e da instabilidade que afetam a nação vizinha.

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