Trump marca encontro com presidente brasileiro

  O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta terça-feira seu primeiro discurso como chefe de Estado na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que completa 80 anos de atuação na promoção da paz mundial. Em seu pronunciamento, Lula defendeu a regulamentação das redes sociais, criticou o que chamou de genocídio em Gaza e reafirmou a soberania do Brasil diante de pressões externas.

ONU enfrenta desafios e defende reformas

 No discurso inaugural, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reconheceu a morosidade da entidade na tomada de decisões e ressaltou a necessidade de reformas para aumentar a eficácia na mediação de conflitos. Ele citou situações como a guerra na Ucrânia, os conflitos na Faixa de Gaza e no Sudão.

“Em sua melhor forma, as Nações Unidas são mais do que um local de encontro: são uma bússola moral, uma força pela paz e pela manutenção da paz, uma guardiã do direito internacional, um catalisador do desenvolvimento sustentável, uma tábua de salvação para pessoas em crise, um farol para os direitos humanos”, disse Guterres.

 O secretário reforçou ainda a importância da união e do multilateralismo para proteger os direitos humanos globalmente.

Lula defende democracia e soberania do Brasil

 Como primeiro chefe de Estado a discursar, Lula destacou a necessidade de diálogo internacional para a mediação de conflitos e criticou ações que considera genocídio em Gaza. O presidente fez uma firme defesa da soberania brasileira e da democracia, criticando indiretamente a atuação dos Estados Unidos contra o país.

“Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela”, afirmou Lula.

Trump elogia Lula e agenda encontro

 Na sequência, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez críticas à ONU e promoveu seu governo. Sobre o Brasil, elogiou Lula, registrou um abraço antes do discurso e confirmou que se encontrará com o presidente brasileiro na próxima semana.

“Eu o vi, ele me viu e nós nos abraçamos. Nós concordamos que nos encontraremos na próxima semana. Não tivemos muito tempo para conversar, uns 20 segundos. Ele pareceu ser um homem muito legal, na verdade. Ele gostou de mim, eu gostei dele. E eu só faço negócios com pessoas de quem gosto”, comentou Trump.

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