Megaoperação no Rio tem apoio de 87% nas favelas, aponta pesquisa AtlasIntel


  A nova pesquisa AtlasIntel mostra que a megaoperação no Rio de Janeiro recebeu amplo apoio popular em todo o país, com destaque para os moradores das favelas cariocas, onde o índice de aprovação chegou a impressionantes 87,6%. O levantamento foi realizado entre os dias 29 e 30 de outubro de 2025, com 1.089 entrevistas feitas por recrutamento digital aleatório (Atlas RDR). A margem de erro é de 3 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.

Apoio cresce entre cariocas e moradores das favelas

 De acordo com os dados divulgados pelo instituto, a aprovação nacional à operação é de 55,2%, enquanto 42,3% desaprovam e 2,5% não souberam responder.
Na cidade do Rio de Janeiro, o apoio é ainda maior: 62,2% aprovam a ação contra o Comando Vermelho, e 34,2% desaprovam.

 Mas o dado que mais chama a atenção é o das favelas do Rio, onde quase 9 em cada 10 moradores (87,6%) disseram aprovar a megaoperação. Apenas 12,1% desaprovam.

 Os números reforçam a percepção de que a operação, apesar das críticas, encontra respaldo expressivo na opinião pública, especialmente nas áreas mais afetadas pela violência.
 A AtlasIntel destacou que o levantamento buscou mapear as diferentes percepções regionais sobre o uso de forças de segurança em ações integradas de grande escala.

 


Governadores lançam o “Consórcio da Paz”

 Em um gesto inédito de articulação entre estados, governadores de sete unidades da federação, incluindo a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, se reuniram no Palácio Guanabara, sede do governo fluminense, para manifestar apoio ao governador Cláudio Castro e às ações de segurança.


 Durante o encontro, foi criado o chamado “Consórcio da Paz”, uma aliança entre estados com o objetivo de compartilhar informações de inteligência, integrar recursos financeiros e coordenar forças policiais no enfrentamento ao crime organizado. A ideia é criar uma frente nacional de cooperação para combater o tráfico de drogas e o uso de armamento pesado por facções criminosas.

Mortes geram críticas e debate no Congresso

 Apesar do apoio popular e político, as mortes registradas durante a operação foram alvo de críticas de organizações de direitos humanos e de parlamentares  no Congresso Nacional.
O governo do Rio de Janeiro e as autoridades policiais do estado, por sua vez, afirmam que se trata de “uma guerra contra o crime”, e que os confrontos diretos com criminosos fortemente armados tornam inevitáveis as baixas.


 De acordo com fontes da área de segurança, foram apreendidos armamentos de alto calibre que teriam origem em exércitos de outros países, como Peru, Venezuela e até mesmo o Exército Brasileiro.

Lula quer mostrar “tom diferente” no combate ao crime

 Assessores presidenciais avaliam que o governo precisa evitar ruídos políticos e consolidar uma imagem de firmeza, já que o PT historicamente é associado a políticas mais brandas na área de segurança pública. Lula, segundo fontes do Planalto, quer “dar um tom diferente” e demonstrar que o governo federal combate sim o crime organizado, combinando repressão e políticas de prevenção.




 

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